domingo, 2 de dezembro de 2007

Principais opções para lutar contra o aquecimento global - AFP




Economias de energia, taxas sobre o CO2 ou estocagem em profundidade do carbono são algumas das idéias dos especialistas para combater o aquecimento global.



Seguem as principais opções para limitar as emissões de gás de efeito estufa, apresentadas por ordem de viabilidade: - Melhorar a eficiência energética no setor da construção (normas de construção mais severas, sistemas de calefação e climatização mais sóbrios), na indústria (incentivos fiscais, certificados de emissão de CO2 e mercados de cotas) e nos transportes (reforçar as restrições de emissão de CO2 para os veículos, incentivar os transportes públicos).

- Incentivar as energias renováveis (eólica, solar, geotérmica e outras energias limpas) através de subsídios para torná-las mais competitivas em relação às fósseis. Os membros do Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre a Evolução do Clima (Giec) consideram que com um preço de entre 20 e 100 dólares por tonelada de CO2, as energias renováveis poderiam representar 30% a 35% do fornecimento em eletricidade daqui a 2030.

- Desenvolver os biocombustíveis. A União Européia (UE) decidiu em março que os biocombustíveis deverão obrigatoriamente representar pelo menos 10% do consumo total de gasolina nos transportes daqui a 2020, contra 1% hoje.

Esta solução perdeu parte de seu interesse com a subida dos preços agrícolas. O desenvolvimento de biocombustíveis de primeira geração (a partir de culturas destinadas à alimentação) entra em concorrência direta com a utilização das terras para alimentar o planeta. A segunda geração de biocombustíveis, fabricados a partir de plantas não-alimentares, como grama ou algas marinhas, ainda não está pronta.

- Modificar a fiscalidade diminuindo os subsídios às energias fósseis (petróleo, gás e carvão) e impondo uma taxa sobre o carbono: quanto maior será o preço do carbono, mais os utilizadores de energias fósseis se voltarão para tecnologias e modos de consumo diferentes.

- A captação e a estocagem do CO2 tem como objetivo captar e enterrar as emissões das grandes instalações industriais. Segundo os especialistas, esta tecnologia poderia contribuir significativamente para reduzir as emissões daqui a cerca de 20 anos. No entanto, a tecnologia ainda está em sua fase experimental, e os riscos a longo prazo não são conhecidos.

- A energia nuclear é uma das tecnologias que permite reduzir as emissões, considera o Giec. Porém, segundo os números da Agência Internacional da Energia (AIE), a percentagem do nuclear no fornecimento energético mundial - 6,4% em 2004 - deveria chegar no máximo a 6,9% em 2030.

- As tecnologias de geo-engenharia, como a fertilização dos oceanos para captar mais CO2 ou a instalação de pára-sóis gigantes na estratosfera, seguem sendo "hipotéticas", consideram os especialistas do Giec em seu último relatório.


AFP

PT coleta assinaturas de apoio a plebiscito sobre reforma política - Agência Brasil




O Partido dos Trabalhadores (PT) está aproveitando a mobilização de seus filiados, durante a eleição para a escolha do seu novo presidente, para coletar assinaturas de apoio a um projeto de realização de um plebiscito. O objetivo da consulta popular é decidir se a reforma do sistema político brasileiro deve ou não ser feita por uma Assembléia Constituinte exclusiva.

O projeto propõe a convocação de um plebiscito para o dia 31 de janeiro de 2009, quando os brasileiros deverão responder à seguinte pergunta: "O sr (a) aprova a convocação de uma Assembléia Constituinte soberana e específica, para promover uma reforma constitucional no Título IV da Constituição Federal, que redefina o sistema político-eleitoral?".

Para que esse projeto de iniciativa popular seja apresentado no Congresso Nacional são necessárias as assinaturas de, pelo menos, 1% do eleitorado, ou seja, cerca de 1,3 milhão de pessoas acima de 16 anos de idade, de pelo menos cinco estados brasileiros. Todas as adesões devem obrigatoriamente ser acompanhadas de nome completo, endereço e número do título de eleitor.

Alcançado o número mínimo de assinaturas, o projeto será encaminhado à Câmara dos Deputados, por onde é iniciado o processo de tramitação legislativa de todas as matérias encaminhadas ao Congresso Nacional (exceto as propostas de iniciativa dos senadores, que começam pelo Senado Federal).

Segundo o secretário nacional de organização do PT, Romênio Pereira, responsável pela apuração da eleição realizada hoje (2), depois de coletadas as assinaturas dos filiados, o intuito é ampliar a proposta de realização do plebiscito para a sociedade e, assim, tentar alcançar as mais de 1,3 milhão de assinaturas necessárias ao encaminhamento de realização do plebiscito em 2009.

Pereira acredita que, no partido, o apoio será "mais do que majoritário", porque o tema vem sendo discutido há algum tempo, além de ter sido "uma pauta constante em 2007".


Ele negou que o objetivo seja fazer uma reforma constitucional na área política, que pudesse sugerir um terceiro mandato para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele disse que essa idéia é defendida "apenas por uma parcela muito pequena dentro do partido".

Os pontos principais, defendidos pelo PT em uma reforma política ampla, segundo Pereira, são o financiamento público das campanhas políticas, a exigência da fidelidade partidária e o fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais (deputados federais e estaduais e vereadores).

Cidadão vai poder opinar sobre a programação da TV Brasil - Agência Brasil




A programação da TV Brasil, que entrou no ar hoje (2), ao meio dia, será submetida a consultas e debates públicos para que, em março de 2008, tenha uma cara nova, baseada na opinião e na avaliação dos cidadãos. Foi o que explicou a diretora de jornalismo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Helena Chagas.


O primeiro programa veiculado foi o Revista Brasil Especial, que terá quatro edições ao longo do dia, debatendo o conteúdo a ser apresentado pela nova emissora.

Além do Revista Brasil, a grade desse domingo conta com programação infantil, documentário com o cantor Paulinho da Viola, comentário sobre os gols da rodada e o esporte na TV pública e filmes. A programação completa pode ser conferida no site www.tvbrasil.org.br.

Amanhã (3) será o primeiro dia da programação unificada da TV Nacional e da TVE. Às 21h, estréia o Repórter Brasil, o telejornal unificado das duas redes, e a grande novidade da TV Brasil. Helena Chagas afirmou que a intenção do jornal é fazer algo diferente. "A idéia é que o Repórter Brasil seja, de fato, um jornal nacional, como acho que não temos hoje em dia".

A diretora de jornalismo da EBC disse que a nova emissora ainda não tem condições técnicas para atingir todos os estados, mas a meta é chegar a um jornal que possa ser feito de qualquer parte do Brasil, onde o fato estiver acontecendo. "Queremos que o Brasil inteiro faça e se veja nesse jornal".

Aos poucos, serão incorporados novos programas. Segundo Helena Chagas, a TV Brasil terá muita programação de produção independente e regional. "Tudo isso vai sendo agregado à grade para que em março a gente chegue com uma cara diferente."

Prostituta doa R$ 9,5 mil a Teletón após leilão - Redação Terra




A prostituta chilena que havia prometido doar 27 horas de trabalho para uma campanha beneficiente do país colocou em seu site pessoal neste domingo o comprovante de pagamento para o Teletón após uma espécie de leilão virtual que ela mesmo organizou.
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O valor de 2,7 milhões de pesos chilenos (aproximadamente R$ 9,5 mil foi doado à campanha deste ano para arrecadar recursos em favor das crianças portadoras de deficiências físicas do Chile. "Quero somar a maior quantia possível para doar às crianças", disse a jovem María Carolina antes do leilão ter sido encerrado.

O Teletón superou o seu recorde histórico neste final de semana, arrecadando 13,2 bilhões de pesos chilenos, uma quantia equivalente a R$ 46,6 milhões. O encerramento da campanha, que é transmitido pela tevevisão, foi acompanhado por milhares de chilenos e contou com a presença de celebridades do país.

http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI2119003-EI8140,00.html

Tráfico tem plano de aposentadoria para chefões - Agência O Dia




Tráfico tem plano de aposentadoria para chefões


Em dois levantamentos feitos pela ONU, em 1991 e 2002, Acari apresentou o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Rio de Janeiro, com números comparáveis aos das nações africanas mais pobres. Para os quase 40 mil habitantes do complexo de favelas do bairro, ao lado das precárias condições de saneamento, moradia, educação e saúde, resta um paradoxo: a convivência com uma das bocas-de-fumo mais rentáveis da cidade. São 100 Kg de cocaína por mês, segundo investigações da Polícia Civil, negociados em moldes empresariais, gerando faturamento de R$ 2 milhões mensais e que inclui até uma espécie de plano de previdência social, que cuida da "aposentadoria" dos chefões.
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Trata-se de uma "aposentadoria" que não prevê 35 anos de tempo de serviço. Um dos beneficiados, Carlos Eduardo Sales Cardoso, o Capilé, obteve, por exemplo, o benefício ano passado, aos 26 anos. Era o gerente-geral das bocas-de-fumo da favela. Juntou seus lucros (a polícia fala em R$ 1 milhão) e fugiu, deixando seu lugar para o traficante Abelha.

Mais um ano se passou e terminou o novo "mandato". No próximo dia 15, uma grande festa está prevista para marcar a saída. Com o que conseguir arrecadar, ele também terá o direito de abandonar a vida criminosa na favela.

"Trocar o comando foi a maneira encontrada por Derico de dar oportunidade a todos e, principalmente, evitar que alguém concentrasse poder por muito tempo", explica um inspetor da Polinter, que há seis meses investiga a quadrilha.

Derico é Alberico de Azevedo Medeiros. Preso em agosto de 2004, em Maringá, Interior do Paraná, ele foi absolvido e, convertido à fé evangélica, deixou Bangu 1 em março do ano passado. Depois, passou a acompanhar o pastor Marcos Pereira da Silva em cultos do líder da Assembléia de Deus dos Últimos Dias.

O novo gerente
A filosofia implantada por Derico se espalhou. Em seu outro antigo reduto, o vizinho Conjunto Amarelinho, o primeiro a ganhar a "aposentadoria" foi Washington Luís de Oliveira Rimas, o Feijão. O bandido mudou-se para Salvador e, na capital baiana, tentou virar empresário. Comprou imóveis e até um táxi, mas acabou preso pela equipe do delegado Ronaldo Oliveira, na época à frente do Serviço de Repressão a Entorpecentes da Baixada.

O Amarelinho, hoje, é controlado pelo bandido conhecido como Boca. Em Acari, o candidato único para o "cargo" está escolhido: Fia.

Foguetório para troca de refúgio
As punições para quem descumpre as regras da "empresa" quase sempre são pagas com a vida. Nenhum traficante pode passear fora da favela sozinho, temendo que alguém seja pego pela polícia e se transforme em informante. Eles, então, saem em grupos e praticamente só freqüentam bailes de comunidades dominadas pelo Terceiro Comando Puro (TCP). Outra tática para evitar ser preso em casa é a mudança de local para dormir. Quase toda noite, às 4h30, um foguetório indica que todos devem trocar de esconderijo.

Os plantões são de 24 horas, divididos por equipes de oito "vapores". As cargas de 2.600 sacolés ficam na responsabilidade de cada gerente. Todos faturam alto. Um deles, Herbert da Silva Santos, o Marrom, foi preso no último dia 22 pela DRFC. Gerente da localidade conhecida como Coroado, ele admitiu que chegava a embolsar R$ 8 mil mensais. "Um vapor consegue ganhar R$ 4 mil, às vezes R$ 6 mil", contou o rapaz de 24 anos, no tráfico desde os 12.

Um arsenal de cerca de 200 fuzis faz de Acari uma das mais bem armadas quadrilhas do Rio. "Essa obsessão por armas foi disseminada pelo Robinho Pinga (Robson André da Silva) em todo o TCP. Acari, apesar de não adotar a política do confronto com a polícia, tem muita arma", diz um inspetor da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae).

Proibido roubar carro e carga
Na "empresa do pó" implantada dentro de Acari existem regras básicas. Não roubar é a principal delas. Hoje comandando a Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), Ronaldo Oliveira lembra que a quadrilha local não contribui em nada para o índice da região da Pavuna ser um dos mais altos da cidade em termos de ataques a motoristas. "Nossas investigações indicam que eles não roubam carros. É uma política para evitar a presença da polícia dentro da favela", afirma.

Diretor da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), Marcus Vinícius Braga confirma o que diz Oliveira: "Eles sabem que se levarem um caminhão pra lá, nós vamos atrás deles".

Com essa política - adotada desde os anos 80 -, Acari ficou longe do foco da polícia ao longo de 2007. E para evitar as tentações, então, os bandidos resolveram sortear carros. A cada 15 dias, alguém da quadrilha ganha um. O último foi um Gol prata, devidamente colocado em nome de parente.

"Eles são comerciantes de droga. A cada três meses um matuto (fornecedor conhecido como João) coloca 300 Kg de cocaína lá dentro. E sem a polícia por perto, eles vão enriquecendo", atesta o agente da Polinter.

Transformar um quilo de cocaína em três - a média das favelas é misturar para obter seis - fez Acari atrair viciados de toda a cidade. E a política não é nova. Em 1990, uma operação da polícia chegou a prender 250 usuários em uma fila na comunidade.

Era o tempo de Darcy da Silva Filho, o Cy de Acari, um dos maiores fornecedores de drogas da época e o mentor desse império de entorpecentes. Quando foi preso, ele deu lugar a Jorge Luiz dos Santos, que manteve a postura assistencialista. Apesar da guerra interna que deixou 20 mortos em 1994, evitava os confrontos com a polícia e distribuía comida e presentes aos moradores. Após sua morte, seu filho adotivo, Derico, assumiu o controle com mãos de ferro e investiu no reforço do arsenal.

O Dia

EUTANÁSIA - Italiano mata mulher a tiros em hospital -BBC Brasil




Um italiano de 77 anos de idade foi preso depois de ter matado sua mulher a tiros, em uma cama de hospital, na Itália. A polícia da cidade de Prato, na região da Toscana, disse que o homem deu três tiros em sua mulher, de 82 anos, que sofria de mal de Alzheimer, em frente a funcionários do hospital.
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Segundo o jornal italiano La Stampa, o homem contou à polícia ter cometido o crime porque não aguentava mais ver a mulher sofrer. A mulher dele havia sido diagnosticada com Mal de Alzheimer - uma doença degenerativa e irreversível, que causa demência e, eventualmente, a morte - oito anos atrás.

Estima-se que entre 2% e 5% das pessoas com mais de 65 anos e até 20% das pessoas com mais de 85 anos sofram da doença. O homem, cujo nome não foi revelado pela polícia, entrou na enfermaria em que sua mulher estava sendo tratada por volta das 17h30 de sábado, hora local, segundo o jornal.

Ele então sacou o revólver e atirou contra ela, duas vezes na cabeça e uma vez no peito. Depois disso, ele colocou a arma num canto e aguardou a chegada da polícia, publicou o jornal.

http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI2118604-EI8142,00.html

terceiro caso de jovem presa e colocada em uma cela com homens -




Um movimento ligado à defesa de mulheres no Pará denunciou, nesta quinta-feira (22), um terceiro caso de jovem presa e colocada em uma cela com homens.



A denúncia surgiu em Tucuruí. A governadora Ana Júlia Carepa (PT) disse que esses casos não irão se repetir e que está concluindo a construção de delegacias para receber mulheres.Já a família da menina de 15 anos, detida e deixada em uma cela com 20 homens, cujo caso detonou uma crise na Polícia Civil de Abaetetuba, foi incluída, por segurança, no programa de proteção a testemunhas. A cada dia, surge uma nova denúncia de mulheres que dividem cela com homens no Pará. Em Tucuruí, um movimento de mulheres afirma que é comum presas serem colocadas junto dos homens. “Nós queremos que as nossas mulheres paguem para a sociedade o que elas devem, mas com dignidade”, disse Maria Valente, coordenadora do movimento. Uma mulher, que não quer se identificar e que diz estar grávida de cinco meses, contou que passou duas semanas presa por tentativa de homicídio. “Sempre com homens”, afirmou. Em Parauapebas, mulheres também têm dividido celas com homens, de acordo com um promotor. Na quarta-feira (21), uma delas foi transferida para outra cadeia. “Já tivemos outros casos”, disse.

Ameaças


O pai da garota de 15 anos que ficou na mesma cela com 20 homens, em Abaetetuba, diz que foi ameaçado pela polícia para forjar uma certidão de nascimento falsa para a filha. A adolescente confirmou à Corregedoria da Polícia Civil que sofreu abuso sexual e que era obrigada a manter relações com os presos em troca de comida. “Ela confirmou que em determinado momento recebeu essa proposta. Em princípio, não aceitou. Posteriormente, teve que aceitar por conta da fome”, afirmou Maria Pereira, corregedora-geral da Polícia Civil do Pará. A certidão de nascimento da menor prova que ela tem 15 anos. Nesta quinta, o pai biológico da menina procurou a Corregedoria da Polícia Civil. Ele disse que três policiais o ameaçaram. “Se eu não cooperasse, poderia ser preso”, afirmou o lavrador.


Investigação


O delegado-geral Justiniano Alves Jr promete investigar. “Isso é grave. Vamos chamar, ouvir o pai. Se algum policial estiver fazendo isso vai responder civil e penalmente”. Por conta da repercussão do caso e por segurança, a família da adolescente foi incluída no programa de proteção a testemunhas.


Governadora


A governadora do Pará, Ana Júlia, não respondeu se conhecia a prática de que mulheres eram colocadas em celas com homens. Ela prometeu que o caso não irá se repetir. “Determinei, através de decreto, que se estiver numa prisão em flagrante, seja menor, seja mulher, tem que seguir o Estatuto da Criança e do Adolescente. No caso das mulheres cela com condição digna, e, se não tiver, que comunique ao juiz pedindo transferência para outra comarca ou município.” Ana Júlia afirmou ainda que o estado terá celas para mulheres no futuro. “Como as nossas delegacias não estão todas prontas, o projeto é que as delegacias que vamos inaugurar tenham locais adequados para mulheres”.

Deputados recebem vídeo com cenas de violência no Pará - http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL198570-5598,00-DEPUTADOS+RECEBEM+VIDEO+COM+CENAS+DE




Vídeo mostra cenas de uma jovem sendo violentada por detentos.
Conselho Tutelar deve analisar imagens para identificar a vítima.



A Comissão da Câmara dos Deputados comunicou, nesta quinta-feira (29), à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Pará a existência de um vídeo que mostra cenas de uma jovem sendo violentada por detentos. Os parlamentares visitam o Pará para apurar as denúncias de abusos sexuais sofridos por uma jovem que ficou presa em uma cela com 20homens em Abaetetuba.
De acordo com Valena Mesquita, conselheira da OAB-PA, a comissão apreendeu o aparelho celular em que foram feitas as imagens. Os parlamentares devem solicitar ao Conselho Tutelar que identifique se a jovem que aparece nas imagens é a mesma que ficou por um mês detida com 20 homens.
A presidente da OAB-PA, Ângela Sales, defendeu nesta quinta-feira o afastamento de todos os policiais civis do município de Abaetetuba. "Vou pedir a cabeça de todos os policiais civis envolvidos em qualquer tipo de exploração sexual de menor no âmbito da Polícia Civil e qualquer violação de direitos humanos por divisão de cela mista seja adolescente, seja mulher, seja portadores de deficiência, aqueles que nós temos o dever de proteger prioritariamente em qualquer município do Pará", afirmou.
Detentas. A comissão ouviu nesta quinta-feira relatos de dententas no estado. Os depoimentos aconteceram na sede da OAB-PA, em Belém. Na sexta-feira (30), mais detentas serão ouvidas. Na parte da manhã, a comissão e a Promotoria de Direitos Humanos do Ministério Público do Estado estiveram no Centro de Recuperação Feminino (CRF), em Ananindeua, para uma vistoria nas dependências da casa penal. Valena disse que foram constatadas péssimas condições no centro. "O CRF tem que ser interditado. Não existem condições mínimas para as presas, lá tudo é precário", afirmou. Segundo a conselheira, o principal motivo para os depoimentos acontecerem na sede da OAB é o fato de o local ser um território neutro. "As presas se sentem ameaçadas pela direção e pelas agentes e temem falar à comissão estando no mesmo lugar que essas pessoas", afirmou. Ainda de acordo com ela, os membros da comissão chegaram a presenciar as ameaças às detentas no momento da vistoria na manhã desta quinta-feira. "Existem duas alas no CRF, que são contêineres que viraram celas. As presas que ficam nessas celas, que são gradeadas na parte de cima, foram ameaçadas pelas agentes, na nossa frente, para que não falessem nada à comissão", disse. Ainda segundo a conselheira, esse modelo de celas em contêineres foi importado do Rio Grande do Sul. "O problema é que esse modelo serve para lugares com outro clima, diferente do Pará. Nós entramos nessas alas e é um calor infernal, não tem condições de abrigar detentas", afirmou. Após os depoimentos, a comissão deverá encaminhar um relatório cobrando providências do Sistema Penal, Secretaria de Segurança Pública e Defensoria Pública. Este último órgão receberá o documento porque algumas presas afirmaram não ter advogados e que não há mutirão do órgão no CRF há alguns anos.

Homem que diz ser "vampiro" é preso em São Paulo - Cícero Affonso




http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI2054672-EI5030,00.html


O místico Vandeir Máximo da Silva, 27 anos, que se autodenomina Vampiro e usa o codinome de Wlad Hacamia, foi preso nesta quarta-feira, em Presidente Prudente (565 Km a oeste de São Paulo). Ele é acusado de aliciar jovens e morder seus pescoços para que eles se tornem "seres da noite". Mais de 15 jovens com idades entre 13 e 16 anos já teriam sido mordidos.
» Polícia ouve jovens sobre "vampiro"
» Polícia procura "vampiro" em SP
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Segundo a polícia, Wlad estaria aliciando os adolescentes para que participassem da seita "Legião de Salvadores do Mundo", em que ele promete aos jovens poderes sobrenaturais como a imortalidade, pois os transformaria em anjos dotados de asas, que seriam vampiros e guardiões de cemitérios.

O suspeito teria abordado os adolescentes em um shopping da cidade e nas imediações de algumas escolas. Ele convidaria os jovens de ambos os sexos para reuniões na praça das Cerejeiras que fica no Jardim Icaray, em Prudente.

Ontem, o delegado Dirceu Gravina, titular do 4º Distrito Policial de Presidente Prudente ouviu diversos adolescentes que tiveram contato com o místico. Gravina explicou que os adeptos desse grupo, na sua maioria, praticam a psicosexopatia denominada vampirismo. "Nesse caso, a satisfação da libido é alcançada ao sentir o sangue de outra pessoa", disse.

ONG Greenpeace é proibida de sair do Pará com árvore - Sílvia Freire




18/10/2007 - 10h10
ONG Greenpeace é proibida de sair do Pará com árvore



Uma carreta do Greenpeace transportando uma castanheira de 13 metros foi retida anteontem por assentados rurais da localidade de Castelo dos Sonhos, distrito de Altamira (cerca de 1.800 km de Belém), no Pará, e oito integrantes da ONG não puderam deixar a cidade.

Os manifestantes cercaram o caminhão e mais um veículo dos ambientalistas, que conseguiram escapar do cerco e obter refúgio em um posto do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Os ativistas só conseguiram deixar Castelo dos Sonhos no final da tarde de ontem, após mais de um dia de negociações. O tronco da castanheira ficou na cidade.

O Greenpeace tinha autorização do Ibama para retirada da árvore, que já estava caída e parcialmente queimada. A castanheira seria usada na exposição "Aquecimento Global: Apague Essa Idéia", que acontecerá em São Paulo e no Rio de Janeiro. Ontem, o Ibama anulou a autorização, para evitar o agravamento do conflito entre ativistas e assentados.

Segundo Isabel Oliveira, uma das lideranças do PDS (Projeto de Desenvolvimento Sustentável) Brasília, em Castelo dos Sonhos, os agricultores ficaram revoltados porque o Greenpeace retirou a árvore do assentamento, enquanto os agricultores estão impedidos judicialmente de usar a área para a agricultura familiar. Há dois meses, a Justiça Federal interditou 99 assentamentos no Pará.

"Somos contra o desmatamento. Queremos regularizar a área e usar 20% dela para agricultura", disse Oliveira. Para o Greenpeace, os assentados são liderados por madeireiros.



http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u337694.shtml

Mercenários - A privatização da guerra - Carlos Reis




Os mercenários actuais poucas semelhanças têm com os do passado, mesmo recente. Profissionais organizados e contratados por empresas privadas, só partilham com os antigos soldados da fortuna uma característica:

aproveitam-se das necessidades de segurança em zonas de guerra e instabilidade para ganharem o mais possível.

A Convenção de Genebra de 1949, que proíbe o uso de mercenários, define-os como «pessoas recrutadas para um conflito armado por um país que não é o seu e movidas apenas pelo ganho pessoal». Os responsáveis das empresas militares privadas garantem não se envolver em combates e apenas fornecer serviços militares a Governos legítimos e reconhecidos internacionalmente. Garantias insuficientes para a relatora especial das Nações Unidas sobre o uso de mercenários, Shaista Shameen, que em Março afirmou que «a multiplicação de empresas militares privadas diluiu a eficácia das leis nacionais e internacionais». A relatora da ONU encorajou mais países membros das Nações Unidas a aderirem à Convenção Internacional Contra o Recrutamento, Uso, Financiamento e Treino de Mercenários.
No Iraque, um contingente de dez mil militares privados faz dos mercenários o segundo exército no teatro de operações, logo depois do norte-americano e à frente do britânico. Segundo o diário inglês The Guardian, a percentagem de militares contratados em território iraquiano é dez vezes superior ao que era na Guerra do Golfo, em 1991. Nessa altura, para cada militar privado havia 100 soldados do Exército, actualmente, essa relação é de um para dez.
Este investimento em mercenários é uma das tendências da guerra moderna, concebida pelos ideólogos da administração Bush. A estratégia dos neoconservadores norte-americanos procura atenuar o impacto sobre a opinião pública da morte dos seus militares e, por outro lado, baixar os custos financeiros da guerra. Mercenários nepaleses, bengalis ou latino-americanos custam menos e a sua morte provoca menos ondas.

Empresas guerreiras

A empresa Halliburton (que teve como vice-presidente Dick Cheney, ex-secretário de Defesa norte-americano) é apontada como a grande recrutadora de mercenários, visando a defesa dos interesses corporativos dos Estados Unidos no Iraque. Os salários destes «militares privados» podem ir dos 130 aos 9000 euros por mês, valor auferido quando são recrutados na América entre os ex-membros de forças paramilitares, portanto já com baptismo de fogo nas lutas internas latino-americanas. O general Rafael Samudio, presidente da Associação Colombiana de Oficiais na Reserva, orgulha-se de o seu país «ter condições de fornecer pessoal bem capaz, já que as Forças Armadas Colombianas lutam contra os rebeldes, nas montanhas e selvas, há 40 anos».
Dos 87 milhões de dólares que os Estados Unidos destinaram, em 2003, para a campanha iraquiana, a Ásia Central e o Afeganistão, um terço, ou seja, 30 mil milhões, destinaram-se ao pagamento a empresas militares privadas. Peter Singer, analista da Brookings Institution e autor do livro Corporate Warriors (Guerreiros das Corporações), calcula que as empresas militares privadas movam em todo o mundo cerca de 100 mil milhões de dólares. Um estudo, realizado em 2002 pelo International Consortium of Investigative Journalists, identificou 90 empresas militares privadas, quase todas norte-americanas, britânicas ou sul-africanas, que estariam a operar em 110 países.

Privatização da paz?

À semelhança da administração norte-americana, também o Governo britânico estuda a contratação de mercenários, desta feita para missões de paz. Um documento recente, preparado para o Ministério das Relações Exteriores, afirma que empresas privadas de boa reputação podem ser capazes de realizar missões de paz de uma forma mais eficiente do que os capacetes azuis da ONU. O ministro da pasta, Jack Straw, escreve no prefácio do estudo que «um sector militar privado forte pode ajudar as Nações Unidas a responder a crises com maior rapidez e eficiência».
O documento afirma ainda que, com as mudanças que estão a ocorrer, a prestação de serviços militares por empresas privadas é uma actividade que tende a crescer. Por esse motivo, os autores dizem ser desejável tentar distinguir entre as várias empresas do sector. Como exemplo, o estudo aponta que algumas empresas privadas, quando actuam em África, demonstram mais respeito pelos direitos humanos do que os próprios Governos nacionais. «O mundo actual é muito diferente do dos anos 60, quando a actividade militar privada se caracterizava pela intervenção de mercenários, de um tipo difícil de aceitar, nos conflitos coloniais e pós-coloniais», afirma Jack Straw.
Mas o parlamentar Andrew Mackinlay qualificou a ideia de «repugnante», por considerar que a contratação de mercenários para integrar as forças de manutenção da paz representaria «uma abdicação das responsabilidades dos Governos e das agências que defendem os elevados ideais da ONU». O analista Peter Singer afirma que, pela primeira vez na história do moderno Estado-nação, os governos estão a ceder aquele que é um dos principais atributos do próprio Estado: o monopólio sobre o uso legítimo da força.

O castigo de Thatcher

A acção das empresas de segurança e planeamento operacional decorre num verdadeiro vácuo jurídico, embora formalmente seja enquadrada pela Convenção de Genebra, de 1949. Os mercenários têm treino, armas e actuam frequentemente em instalações militares, o que implica envolvimento directo no conflito. Já as empresas especializadas escondem-se habitualmente numa rede fantasma, com múltiplas conexões, empresas subsidiárias, filiais e subcontratações.
Muitos dos profissionais contratados cometem atentados contra os direitos humanos, ou são deles vítimas pelas condições em que foram levados a envolver-se no conflito. Mas se os há, torna-se difícil saber a quem pedir responsabilidades – se ao país de alistamento, ao país da empresa contratante, à cadeia de comando militar ou ao país hospedeiro.
Com o recrutamento destes soldados corporativos a ser feita entre paramilitares ou guerrilheiros, grupos definidos como terroristas, Adam Isaacson, do Center for International Policy, alerta que «se recruta ex-terroristas para proteger pessoas e bens contra terroristas». Pode também acontecer que estes combatentes a soldo participem em conflitos condenados pelos seus países.
Os incidentes com mercenários sucedem-se. Um dos mais embaraçosos ocorreu em Março do ano passado, com as autoridades do Zimbabué a deterem 70 mercenários que, alegadamente, se preparavam para participar num golpe de Estado na Guiné Equatorial. Envolvido na operação, Mark Thatcher, filho da ex-primeira-ministra britânica, foi condenado a quatro anos de prisão por ter violado a lei que proíbe qualquer participação em actividades mercenárias e por financiamento de um golpe de Estado contra o presidente Teodoro Mbasogo. Na altura, o Conselho Executivo da União Africana pediu à Comissão da UA que tomasse «todas as medidas necessárias com vista a achar uma solução global para o fenómeno do mercenarismo no continente». Iniciativa privada para alimentar ainda mais guerras? Como se à África não lhe chegasse e sobrasse os combatentes «oficiais» que as fomentam um pouco por todo o lado.

Ofício milenar
O antigo Egipto (3100 a. C.-232 a. C.) já utilizava mercenários líbios para guardar as suas fronteiras. Da mesma forma, na Grécia antiga (1550 a. C.-529 a. C.) inúmeros combatentes estrangeiros incorporavam-se nos exércitos das cidades, enquanto os próprios gregos prestavam serviços ao império persa. Cartago testemunhou uma terrível revolta dos seus mercenários (241 a. C.-238 a. C.). Com a Revolução Francesa (1789) considera-se que cada cidadão deve lutar pela sua pátria e que é desonroso servir outro país. É o princípio do declínio dos soldados de aluguer.
Somente na segunda metade do século XX, após o fim dos impérios coloniais em África, os mercenários reaparecem em pleno nos campos de batalha. Nos anos 90, a intensificação das actividades mercenárias em todos os continentes é, em parte, um efeito do aumento no mercado da oferta de «mão-de-obra», libertada pelo fim da Guerra Fria e do regime do apartheid. Trata-se de uma reconversão dos ex-soldados do Pacto de Varsóvia e da África do Sul que, hoje, vendem os seus serviços a multinacionais.


http://www.combonianos.pt/htmls/EEyEFFAlklyGLwCAbC.shtml

Uma reflexão sobre o sistema carcerário Brasileiro e os Direitos Humanos




Marina Castro
Estudante de Direito - Unieuro - Brasília



O sistema carcerário, em especial o sistema brasileiro expõe as pessoas a situações cada vez mais desumanas. Diante dos depoimentos da delegada que executou a prisão da menor e do ex-diretor geral da polícia Civil do PA - Raimundo Benassuly, podemos refletir mais uma vez sobre a justiça no Brasil e os Direitos Humanos. Os detentos e os responsáveis pelo cumprimento da lei, convivem com a impunidade tanto de quem comete um pequeno delito, quanto de quem comete a monstruosidade de atirar uma adolescente dentro de uma cela junto com vinte vítimas da desigualdade social e dos nossos preconceitos mais baniveis.
O cidadão de bem que muitas vezes teme a polícia por seu despreparo técnico, intelectual e pelos diversos exemplos midiaticos presentes em nossa realidade, a polícia, que mais uma vez exercita a prática da execução dos Direitos Humanos no país onde “não é admitida a pena de morte” todos perplexos diante do fato que nos permite interrogarmos nossas consciências, dentro do nosso senso comum no que se refere ao conhecimento da lei:
- O que leva um ser humano a se eximir da responsabilidade por ter atirado uma menina às feras do nosso sistema, colocando-a em uma cela junto vinte outros presos?
- Talvez a mesma frieza que também nos permite, como desconhecedores da lei, usarmos nossos preconceitos para desintegrarmos os presos e os menores infratores ao lixo sub-humano, para continuarmos vivendo em paz, dentro das nossas prisões de luxo, condomínios cercados de grades, casas cercadas de cercas elétricas.
Poderíamos então aproveitarmos o fim do expediente das nossas consciências e nos indagarmos também, sobre o afeto nas relações sociais e sobre a imparcialidade dos agentes públicos diante do conflito com os Direitos Humanos, analisando o provável ser humano em suas horas de pessoa comum, pronunciando-se em declaração dada a uma emissora sobre os motivos que a teriam levado a adotar a “conduta de uma delegada”:
““Tenho consciência que naquele momento ela seria colocada no local que não era adequado pra ser conduzida. Que eu acho que ela poderia sofrer? Poderia. Acho que não é certo? Não. Mas a minha conduta enquanto delegada de polícia não me dá respaldo pra que eu decida se aquela situação é justa, se a situação é humana, se a situação é desumana” - declara Flávia Verônica Pereira, delegada que prendeu a adolescente de 15 anos em Abaetetuba, nordeste do Pará. Confirmando que sabia que a menor seria colocada numa cela masculina.
Ou ainda irmos mais a fundo com a declaração de Raimundo Benassuly, ex- diretor-geral da Polícia Civil – PA.
“Acredito que essa moça... ela tem com certeza algum problema, alguma debilidade mental, porque em nenhum momento ela se manifestou a sua maioriadade... A sua menoridade”.
E por fim fazermos um estudo comparado sobre o senso comum e a elite dos conhecedores da lei tomando como ponto de partida a declaração da mãe da adolescente:
“Doido é eles, ele são doidos, porque eu acho que eles não estavam tento noção do que estavam fazendo com a minha filha”.
Ou ainda concordarmos com Michel Foucault em suas Reflexões sobre A História da Loucura:
“Não é nosso saber que se tem de interrogar a respeito daquilo que
nos parece ignorância, mas sim essa experiência a respeito do que
ela sabe sobre si mesma e sobre o que pôde formular com relação asi própria.”
(Foucault, 1997: 83).